Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

27 de abril de 2016

Hermitage Amsterdam - Hermitage for Children



Hermitage Amsterdam é um dos maiores museus da Holanda e apresenta algumas das exposições sazonais mais interessantes do país. As coleções, que mudam a cada 6 meses, são obras selecionadas e importadas do enorme acervo de tesouros do museu russo, incluindo a famosa coleção de pinturas francesas dos séculos XIX e XX.


"A Game of Cards" - 1625/30 - oil on canvas - 143 X 223,5 cm - Theodoor Rombouts - Hermitage Museum, St. Petersburg

Duas exposições permanentes foram adicionadas e tem como foco a relação de longa data entre a Holanda e a Rússia, no campo das artes, e a história do monumental edifício que o museu ocupa. O Hermitage Amsterdam oferece ao público concertos regulares e também atividades infantis, bem como um café e um restaurante.

"Pedro e Paulo" (detalhe) - El Greco - Hermitage St. Petersburg

A visita ao Hermitage Amsterdam começa explorando o seu impressionante exterior. O edifício remonta ao século XVII e se estende por 105 metros ao longo do rio Amstel, com um jardim central sombreado por castanheiras.

"Catarina, a Grande" - Fyodor Rokotov

O edifício em que o Hermitage Amsterdam ocupa tem 324 anos e foi um lar para idosos antes de se tornar um Museu. No final do século XX tornou-se evidente que o prédio já não era mais adequado para um bom atendimento e não preenchia os requisitos contemporâneos, sendo assim, encontraram um novo uso para o edifício. Desde junho de 2009 o Hermitage Amsterdam passou a ocupar o endereço.

Três empresas de arquitetura foram selecionadas para transformar Amstelhof (como era chamado o lar para idosos) em um museu moderno, depois de passar por uma completa reforma.


Atualmente é possível visitar a exposição "Mestres Espanhóis do Hermitage" que se apresenta até maio de 2016. O público pode aproveitar para visitar a galeria de exposições "Retrato da Idade de Ouro" e a nova "Outsider Art Museum".



Hermitage for Children Desenvolvendo o talento criativo das crianças

O Museu Hermitage em São Petersburgo tem uma tradição educativa extensa. Todos os anos centenas de milhares de crianças, com idade entre 4 e 18 anos, podem desfrutar do programa educativo. Seguindo a tradição, o Hermitage Amsterdam criou o Hermitage for Children (Hermitage para crianças) com um programa específico para essa faixa etária.

"Children" - 1909 - Édouard Vuillard 

Localizado no edifício Neerlandia, é o maior espaço dedicado a programas educacionais em um museu na Holanda. O edifício tem cinco oficinas, duas salas de aula, cantina para as crianças e uma loja infantil. Hermitage for Children recebe cerca de 20.000 crianças de escolas primárias, anualmente, oferecendo três programas diferentes, todos focados nas exposições do Hermitage Amsterdam.



O objetivo principal é dar oportunidade para que cada criança tem o direito de descobrir o seu talento, entrar em contato com a arte, museus e desenvolver a sua criatividade. A proposta é atingir o maior número possível de crianças de diferentes origens.


No programa educacional criativo para a faixa etária de 4, 5 e 6 anos da escola primária, os alunos seguem algumas lições da web na escola antes de visitar o Hermitage for Children. Após uma visita à exposição no Hermitage Amsterdam, com um professor, os alunos retornam ao Hermitage for Children, onde realizam um trabalho criativo relacionado ao tema da exposição visitada. 


Oficina Hermitage

Durante as visitas de classe para a Escola Hermitage o professor identifica as crianças especialmente talentosas e as convida a desenvolver seus dons através do programa Hermitage Oficina, composto por três blocos de cinco aulas realizadas nos finais de semana e nas tardes de quarta-feira. 


Hermitage Academy 

Na sequência do programa Hermitage Oficina, crianças talentosas de 11 e 12 anos são incentivadas a participar da Academia Hermitage, que oferece um programa de 12 sessões por ano no período de 3 anos. Nessa etapa do programa, além de desenvolver o talento criativo, os alunos adquirem conhecimento básico da história da arte. Outras instituições também são visitadas, como a Academia Estadual de Belas Artes e o Rembrandt Huis.

O museu Hermitage para Crianças, só foi possível devido à generosa contribuição de dois milhões de euros do VSBfonds. O Fundo Cultural Bernhard Príncipe tem contribuído para os custeio do material educativo para crianças, jovens e adultos.










20 de abril de 2016

Edgar Degas - O pintor das bailarinas



"Dançarinas atando as sapatilhas" - 1893-1898 - Edgar Degas

Edgar Hilaire Germain Degas - Paris, 1834-1917, pintor, gravurista, escultor e fotógrafo francês. 

É conhecido sobretudo pela sua visão particular no mundo do ballet, sabendo captar os mais belos cenários. É reconhecido pelas suas incríveis obras em pastéis e como um dos fundadores do impressionismo. Muitos dos seus trabalhos fazem parte de acervo do Museu d'Orsay, em Paris, onde o artista nasceu e faleceu. As suas mais consagradas obras ligam-se ao movimento impressionista formado na França, nos fins do século XIX, em reação à pintura acadêmica da época. Com ele estavam Claude Monet, Paul Cézanne, August Renoir, Alfred Sisley, Mary Cassatt, Berthe Morisot e Camille Pissarro, que, cansados de serem recusados nas exposições oficiais, se associaram e criaram a sua própria escola para poderem apresentar as sua obras ao público.



"Madame Valpinçon com crisântemos" - óleo sobre tela - 1865 - The Museum of Modern Art (MoMA).

Degas não era um artista que gostava de fazer pinturas de observação, não costumava sair a campo, como muitos de seus contemporâneos. Preferia criar e recriar, em seu ateliê, obras que, em sua maioria, representam cenas de ballet, da beleza das bailarinas, mulheres banhistas, cenas de interiores, retratos. Paisagens pouco o interessavam, elas aparecem poucas vezes como fundo de alguma corrida de cavalos, por exemplo.


"Corrida de cavalos" - 1885/88 - pastel sobre papel - Philadelphia Museum of Art

Seu amigo Manet desaprovava o gênero de pintura que ele praticava, mas reconhecia suas qualidades e elogiava em especial seus retratos. Entre estes estava "The Bellelli Family", 1859-60, que traz uma composição bastante ousada: posturas anticonvencionais e personagens focalizados num momento de intimidade, com sutilíssimas expressões. 




"Retrato da família Bellille" - 1859/60 - óleo sobre tela - Museu d'Orsay, Paris.


Outra obra de grande importância é a "The Orchestra of the Opera" ("A Orquestra da Ópera") de 1870, na qual o artista focaliza seu amigo Désiré Dihau, músico que lhe possibilitou frequentar os bastidores da Ópera de Paris. Esta é a primeira de incontáveis obras. Sua concepção é totalmente inédita: trata-se de um retrato ambientado, com Dihau a tocar, ao lado de seus companheiros, no poço da orquestra do teatro. A liberdade no tratamento dos personagens e de suas posturas dá ao quadro um sentido de instantâneo fotográfico. Ninguém está posando e, no palco ao fundo, algumas bailarinas mostram os corpos fragmentados, como se um fotógrafo, atento ao modelo central, não tivesse pensado em enquadrá-las.




"A orquestra da Ópera" - 1870 - óleo sobre tela - Musée d'Orsay, Paris.


De temperamento frio e distante, o artista não estimulava a companhia de amigos e sempre se sentiu e viveu como um solitário "por seu rigor, pela inflexibilidade de seus julgamentos," segundo escreve Paul Valery em "Degas, dança, desenho" (Cosac Naify). Provém daí a sua grande qualidade de retratar tão bem a solidão no quadro "In a Cafe" ("The Absinthe Drinker"), 1875-76, em que se deve notar a posição oblíqua das mesas, o que antecipa o cinema e lembra a velha pintura holandesa de interiores.

"
Em um café" ("A bebedora de absinto") - 1875/6 - óleo sobre tela - Musée d'Orsay, Paris.

"Chamam-me o pintor das bailarinas", dizia Degas com tristeza, "não compreendem que a bailarina é um pretexto para reproduzir o movimento fluido."



"Bailarinas em rosa" - 1880/5 - óleo sobre tela - Hill-Stead Museum, Farmington, NM


Principais características do estilo artístico de Degas

As obras de Degas, na primeira fase da sua vida artística, são marcadas pela suavidade e o uso de cores em tom pastel. Na década de 1860, passou a utilizar tons mais vibrantes. Outra característica marcante é a abordagem de cenas do cotidiano, paisagens e retratos individuais, assim como a pintura de bailarinas, mulheres, concertos, óperas e a pintura histórica, sobretudo a partir da década de 1860.


Principais momentos da vida de Degas


Na juventude, ao entrar para o Lycee Louis Le Grand, passou a dedicar-se às artes plásticas. Estudou desenho com o grande artista francês Louis Lamothe. Viajou para a Itália e entrou em contato direto com as obras do Renascimento italiano, principalmente, Michelangelo, Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio. Em 1870 foi convocado pelo exército francês para lutar na Guerra Franco-Prussiana. Após a guerra foi morar por 5 meses na cidade de Nova Orleans (sul dos Estados Unidos). Em 1874, sofreu com a morte do pai que deixou muitas dívidas, o que o obrigou a vender várias de suas obras de arte. Em 1874 apresentou suas obras na Primeira Exposição Impressionista.




"La Petite Danseuse de Quatorze Ans" - 1881 - uma escultura que é um marco na história da arte.

La Petite Danseuse de Quatorze Ans, foi apresentada na “Sexta Exposição Impressionista” de 1881, em uma caixa de cristal. A obra recebeu críticas diversas e escandalizou a sociedade. O meio parisiense ficou chocado ao encontrar em um museu a figura de uma bailarina – principalmente pelo fato do ballet estar muitas vezes ligado ao tráfico de meninas, prostituição e escândalos de abuso sexual. Os pais burgueses diziam: “Que Deus nos livre de uma filha bailarina!”. Os próprios salões da Ópera de Paris eram pontos de encontros de homens ricos e poderosos que buscavam jovens amantes. Era lá que se encontravam a arte e a prostituição.

Das suas 2.000 obras, óleos, pastéis e esculturas, mais da metade retratam as jovens bailarinas do corpo de ballet da Ópera de Paris. Desde o ano de 1870, Degas pintou obsessivamente cenas de bailarinas enquanto elas estavam no palco durante uma apresentação, em seus ensaios e em seus momentos de descanso. 

Foi durante uma de suas frequentes visitas à Ópera de Paris que Degas conheceu a jovem Marie van Goethem (Paris,1865), estudante de ballet. Pouco se sabe sobre a vida da jovem bailarina que aos treze anos ingressou no ballet. Filha de uma lavadeira e um alfaiate que viviam constantemente com problemas financeiros. Era na Ópera de Paris que se localizava a escola de dança, onde jovens dançarinas eram aceitas a partir dos dez anos de idade, e onde Marie e suas irmãs estudaram. 


Foi entre os anos de 1878 e 1881 que Marie posou para Degas, para sua bailarina e para mais uma série de trabalhos: “Dance Lesson", 1879; “Dancer with a fan", 1879 e ”Dancer resting", 1879-1880.



“Dance Lesson" ("Lição de dança") - 1879 - óleo sobre tela




“Dancer with a fan" ("Dançarina com leque") - 1879 - óleo sobre tela

Vários dos seus quadros semearam a controvérsia e ainda hoje a obra de Degas é objeto de numerosos debates pelos historiadores de arte. Os restos mortais de Edgar Degas repousam no túmulo da família no cemitério de Montmartre em Paris.






13 de abril de 2016

Toulouse Lautrec. A Alma do bairro de Montmartre



"Beijo na cama" (Dans le lit, le baiser), de 1892, uma das obras-primas de Toulouse-Lautrec

Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa nasceu em uma família aristocrática, recebeu educação artística e foi um menino normal até os 14 anos, quando sofreu um acidente e quebrou o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, quebrou o direito. Os traumatismos, aliados a uma doença óssea congênita atrofiaram suas pernas e ele se tornou praticamente um anão, com dificuldades locomotivas. Passou, então, a dedicar cada vez mais tempo à pintura.



"Auto-Retrato" - 1880 - 40,5 X 32,5cm - Musée Toulouse-Lautrec, Albi

Ao contrário dos impressionistas, Toulouse-Lautrec tinha pouco interesse pelas paisagens e preferia os interiores. Pintou "Moulin Rouge", "Au salon de la rue des Moulins" e inúmeros retratos.




"No Moulin Rouge: Duas Mulheres Dançando Valsa" -1892 - óleo sobre papel cartão, 93 x 80cm - Narodni Galerie, Pragua.

Medindo 1,50 m de altura, torso e cabeça desproporcionais, alcoólatra e sifilítico, andava pelos bordéis com as prostitutas e os marginais, em plena boêmia.

Lautrec utilizava iluminação forte e cores dissonantes para transmitir a alegria superficial da época e a melancolia subjacente. O artista ia toda noite à sala de show para pintar bandos grotescos, com retratos individualizados, em que incluía até a si mesmo.



"Au salon de la rue des Moulins" -
1894 - óleo sobre tela - 111.5 x 132.5cm - Musée Toulouse-Lautrec, Albi

As prostitutas, dançarinas de cancã dos cabarés e outras personagens da vida noturna parisiense, da década de 1890, eram seus modelos prediletos.




Estudo “Elles” (Mulher de espartilho) - 1896 - giz preto e azul e óleo sobre papel aplicado sobre tela -  Musée de Augustins, Toulouse.


Há uma grande semelhança entre a obra de Lautrec e de Degas. Toulouse desenhava seus temas, como Degas, a partir da vida contemporânea: teatros parisienses, salões de danças e circos. Ambos retratavam cenas em movimento; privacidade através de vislumbres de fragmentos da vida, cenas noturnas de interiores, iluminadas por luz forte e artificial; personagens do submundo, os animadores, acrobatas e prostitutas, que caricaturava para enfatizara seus atributos essenciais, além das composições assimétricas, influenciadas pelas gravuras japonesas da época.


“No circo Fernando: a amazona” - 1888 - Instituto de Artes de Chicago, Illinois, EUA

Henri de Toulouse-Lautrec morreu prematuramente, aos 36 anos, no castelo de Malromé em Gironde. Apesar da excepcional popularidade de seus cartazes publicitários e das numerosas litografias, o reconhecimento da importância estética de sua obra demorou a acontecer.


Cartaz publicitário

Só a figura conta”, dizia Lautrec. “A paisagem é, e deveria ser sempre, apenas um acessório.”

Curiosidades

Estima-se que Lautrec tenha pintado mais de 1.000 quadros à óleo e feito mais de 5.000 desenhos.
O pintor era um boêmio alcoólatra.
Trabalhou por menos de 20 anos mas deixou um legado artístico importantíssimo.
Revolucionou o design gráfico dos cartazes ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.
O seu primeiro grande sucesso foi "Dança no Moulin Rouge".






6 de abril de 2016

O expressionismo do grupo Der Blaue Reiter



Almanaque Der Blaue Reiter, de 1912, capa de autoria de Wassily Kandinsky.

Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) foi um grupo de artistas da Associação Novos Artistas, em Munique, Alemanha. De inspiração expressionista, o grupo formou-se em 1911, com emigrantes russos e alemães. Os principais integrantes foram Wassily Kandinsky, Alexej von Jawlensky, Franz Marc, Augusto Macke, Paul Klee e Marianne von Werefkin. O movimento expressionista Der Blaue Reiter ocorreu entre os anos de 1911 a 1914, juntamente com Die Brücke (A Ponte), fundado no ano de 1905, em Dresden.


"Blue Horse I" - 1911 - Franz Marc

O grupo opunha-se ao cubismo. Reconheciam a ação renovadora, mas contestavam o fundamento racionalista e implicitamente realista. Preferiam ver a natureza e o homem a partir das experiências, sensações e sentimentos individuais, mas com um sentido universal, para a construção de uma arte pessoal, fundada na meditação que, tal como disse Kandinsky (fundador e idealizador do grupo), nascesse da necessidade interior.


"Composition IV" - 1911 Wassily Kandinsky

Sem um programa preciso, mas com uma orientação decididamente espiritualista, em maio de 1912, Der Blaue Reiter editou a revista, "Almanach der Blaue Reiter". Nessa publicação  foram divulgados importantes ensaios dos seus fundadores e de outros artistas como Kubim, Pechstein e Schoenberg. Nas diversas exposições realizadas, o principal objetivo era reunir a vanguarda da arte europeia - artistas alemães, russos, franceses, italianos e outros, superando fronteiras e barreiras nacionais. Era o elemento artístico que deveria preponderar.

Seus integrantes sofreram influências dos pintores franceses Cézanne e Matisse.



"Maison Maria with a View of Chateau Noir" - 1895 - Cubismo - óleo s/ canvas - 65 X81cm - Paul Cezanne - Kimbell Art Museum, Texas, USA

Entre as características comuns dos principais elementos do grupo, destacam-se:

- A arte primitiva.

- A arte intuitiva infantil.

- O potencial das associações psicológicas, simbólicas e a dimensão lírica da cor.

- A claridade e luminosidade, pura e límpida, podendo ser dura/macia, quente/fria, doce/amarga.

- A textura.

- O dinamismo da forma, sobretudo a capacidade de fascinar, a magia interna e a emoção.

- A reconquista da pureza da natureza, com tendência emotiva e abstrata da superfície.

- A linha e a composição influenciadas pela música expressionista, em especial a do compositor Arnold Schoenberg, integrante do grupo.

O grupo apresentou uma exposição coletiva em 1911 com os artistas Robert Delaunay, Campendonk, Arnold Schoenberg, Macke e Henri Rousseau, entre outros.




"Saint Séverin" - 1910 - Robert Delaunay

Em sua segunda exposição, além dos integrantes do grupo, participaram Hans Arp, Paul Klee e Kasimir Malevich.



"Red and White Domes" - 
1914 - Aquarela - papel velino (francês) sobre papelão - 14.6 x 13.7 cm


O nome Der Blaue Reiter teve origem na paixão de Franz Marc pelos cavalos e no amor de Kandinsky pela cor azul. Para Kandinsky, o azul era a cor da espiritualidade e quanto mais escuro, mais despertava o desejo humano pelo eterno, conforme escreveu em seu livro "On the Spiritual in Art" (O Espiritual na Arte), 1911. Der Blauer Reiter era também o nome de uma obra de Kandinsky criada em 1903.



"Der Blauer Reiter" (O Cavaleiro Azul) - 1903 - óleo s tela - 55 X 65cm - Wassily Kandinsky - Coleção particular.

O grupo dissolveu-se com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Franz Marc e August Macke morreram em combate.



"Cerca" - 1912 - August Macke

Kandinsky e Marianne von Werefkin foram obrigados a voltar para a Rússia, em razão da nacionalidade. Alexej von Jawlensky teve que fugir e, como alguns outros artistas alemães, refugiou-se em Ascona, Suíça, até fim da guerra quando retornou a Munique.

Em 1923, Kandinsky, Feininger, Klee e Alexej von Jawlensky formaram o grupo Die Blaue Vier ("Os Quatro Azuis"), e palestraram juntos nos Estados Unidos em 1924.


Wassily Kandinsky, Paul Klee e Alexej Jawlensky - 1925 - Colagem no jornal San Francisco Examiner

Apesar da sua reduzida existência, o grupo Der Blaue Reiter foi uma das principais correntes do expressionismo alemão.